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Juíza acusada de obstruir operação para deter imigrante nos EUA é presa pelo FBI

  • Foto do escritor: Adauto Cruz
    Adauto Cruz
  • 25 de abr.
  • 3 min de leitura

A juíza foi acusada de obstruir um processo de uma agência federal e de ocultar um indivíduo para impedir sua descoberta e prisão


 — Imagem/Reprodução: O diretor do FBI, Kash Patel, confirmou a prisão da juíza Hannah Dugan em publicação nas redes sociais e apagou logo depois. O porta-voz do FBI não respondeu ao pedido de comentário
— Imagem/Reprodução: O diretor do FBI, Kash Patel, confirmou a prisão da juíza Hannah Dugan em publicação nas redes sociais e apagou logo depois. O porta-voz do FBI não respondeu ao pedido de comentário

O FBI confirmou nesta sexta-feira, 25, a prisão de uma juíza de Milwaukee sob acusação de que ela teria obstruído a operação para prisão de um imigrante na semana passada. Esse é o primeiro caso conhecido do Departamento de Justiça processando uma autoridade local por supostamente interferir nos planos de deportação do segundo governo Donald Trump.


O diretor do FBI, Kash Patel, confirmou a prisão da juíza Hannah Dugan em publicação nas redes sociais e apagou logo depois. O porta-voz do FBI não respondeu ao pedido de comentário.


A postagem acusava Hannah de “intencionalmente desviar” agentes federais que chegaram ao tribunal para deter um imigrante que deveria comparecer perante a juíza. “Felizmente, nossos agentes perseguiram o criminoso a pé e ele está sob custódia desde então”, escreveu Patel. “Mas a obstrução da juíza criou um perigo maior para o público.”


A prisão da juíza também foi confirmada pelo porta-voz do U.S. Marshals, o Serviço de Delegados de Polícia dos Estados Unidos, Brady McCarron. A acusação formal contra Hannah Dugan não estava imediatamente disponível nos registros do tribunal.


A juíza foi acusada de obstruir um processo de uma agência federal e de ocultar um indivíduo para impedir sua descoberta e prisão. Após uma breve aparição como ré no tribunal federal em Milwaukee, a cerca de 1,6 km de seu próprio tribunal, ela foi liberada.


De acordo com o Milwaukee Journal Sentinel, agentes do serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE na sigla em inglês) chegaram ao tribunal na sexta-feira passada, durante a audiência pré-julgamento de Eduardo Flores Ruiz, mexicano de 30 anos que está sendo acusado de agressão em Wisconsin.


A juíza então pediu aos agentes que saíssem e falassem com o juiz responsável pelo tribunal. Quando eles voltaram, Flores Ruiz já havia saído.


“Acreditamos que a juíza Dugan intencionalmente desviou os agentes federais do sujeito a ser preso em seu tribunal, Eduardo Flores Ruiz, permitindo que o sujeito - um estrangeiro ilegal - escapasse da prisão”, escreveu Patel em sua postagem.


Christopher Wellborn, presidente da Associação Nacional de Advogados de Defesa Criminal, criticou a prisão da juíza, dizendo que a democracia americana se apoia na independência do judiciário. “A ação retaliatória do poder executivo que parece minar essa base exige nosso escrutínio inabalável e uma resposta retumbante”, declarou.


A prisão representa uma escalada significativa na batalha do governo Donald Trump contra autoridades locais para avançar com os seus planos de deportação em massa.


A Casa Branca prometeu investigar e processar autoridades locais que não colaborem com os esforços federais contra a imigração, criticando as “cidades santuário” — status que restringe a colaboração para prisões e deportações de imigrantes.


O caso de Milwaukee envolve um ponto frequente de tensão nesse debate: agentes do ICE tentando prender imigrantes indocumentados que comparecem aos tribunais estaduais. As autoridades locais frequentemente se opõem a essas operações, alegando que colocam em risco a segurança pública, às medida que as pessoas sentem que estarão correndo perigo se entrarem nos tribunais.


Durante o primeiro governo Trump, uma juíza local de Massachusetts foi indiciada pelo Departamento de Justiça por obstruir autoridades de imigração. As acusações foram retiradas depois que a juíza concordou em se submeter a uma possível sanção disciplinar judicial.






 
 
 

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